Programa Viva Flor Alcança Mais de 1.100 Mulheres Monitoradas e Reforça Combate à Violência no DF


O Programa Viva Flor, da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), segue se consolidando como uma das principais estratégias de proteção às mulheres em situação de risco. Entre janeiro e maio de 2025, 334 novas mulheres passaram a ser monitoradas pela iniciativa, elevando o total de participantes para 1.102. O número reflete o fortalecimento contínuo dessa política pública de enfrentamento à violência doméstica.

Lançado em 2018, o Viva Flor combina tecnologia, acolhimento institucional e resposta rápida em emergências. Mulheres assistidas pelo programa contam com monitoramento eletrônico e acionamento direto da Polícia Militar por meio de aplicativo ou dispositivo móvel. Desde sua criação, nenhuma mulher monitorada foi vítima de feminicídio.

“As mulheres atendidas pelo Viva Flor não estão apenas protegidas — elas estão sendo acolhidas com dignidade e respeito. Esse é um modelo que salva vidas, evita tragédias e mostra como o uso responsável da tecnologia pode transformar realidades”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.

Segundo a juíza Fabriziane Zapata, coordenadora do Núcleo Judiciário da Mulher do TJDFT, o Viva Flor oferece uma resposta urgente e eficaz nos momentos mais críticos. “É mais que uma ferramenta tecnológica — é um canal direto de socorro, que protege e dá às mulheres a chance de recomeçar com segurança.”

As regiões administrativas de Santa Maria, Ceilândia, Gama, Planaltina, Riacho Fundo e Taguatinga concentram mais da metade das mulheres assistidas, com predominância da faixa etária entre 30 e 59 anos. Em 2025, oito agressores já foram presos por descumprirem medidas protetivas vinculadas ao programa.

Crescimento contínuo

O programa vem registrando crescimento expressivo nos últimos anos. De 74 mulheres monitoradas em 2021, o número subiu para 101 em 2022 e 774 em 2024. Já em 2023, foram 511 novas adesões. O aumento reflete o trabalho integrado da Rede de Proteção e o impacto de campanhas de conscientização.

Para Regilene Siqueira, subsecretária de Prevenção à Criminalidade da SSP-DF, o Viva Flor é um exemplo de política pública eficaz e humanizada. “Oferecemos não apenas segurança física, mas condições reais para que essas mulheres reconstruam suas vidas. O programa considera os contextos sociais e age com rapidez e empatia.”

Como funciona

O ingresso no Viva Flor pode ocorrer por decisão judicial, com a concessão de medida protetiva, ou por ato administrativo do delegado de polícia, conforme prevê portaria conjunta entre SSP-DF, PMDF e PCDF. Isso reduziu o tempo entre a denúncia da violência e a entrega do dispositivo, aumentando a eficiência das ações preventivas.

Atualmente, o programa oferece dois tipos de dispositivos: o aplicativo para celular e um aparelho próprio, semelhante a um telefone móvel, voltado especialmente para mulheres em situação de maior vulnerabilidade.

Com um simples acionamento, o sinal de alerta é enviado ao Centro de Operações da PMDF (Copom), localizado no Centro Integrado de Operações de Brasília (CIOB), que utiliza tecnologia de georreferenciamento para localizar rapidamente a vítima e enviar viaturas ao local.

Segundo o tenente-coronel Rafael Delatorres, chefe do Copom, o atendimento é especializado e voltado para garantir acolhimento e orientação. “Nosso objetivo é sensibilizar, orientar e fortalecer a autonomia da mulher, sempre respeitando seus limites e decisões.”

O Viva Flor mostra que o enfrentamento à violência contra a mulher vai além da punição: envolve acolhimento, dignidade, agilidade e uma rede de apoio que transforma medo em segurança e isolamento em empoderamento.


 Fonte: Agência Brasília

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