![]() |
| José Cruz/Agência Brasil |
O mercado financeiro voltou a revisar para baixo a previsão de inflação oficial no Brasil em 2025. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central (BC), a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,80% para 4,72%.
Entre os quatro principais indicadores analisados pelo relatório — PIB, câmbio, taxa Selic e inflação — apenas o IPCA apresentou variação. As demais projeções permaneceram estáveis. Há quatro semanas, o mercado previa uma inflação de 4,83% para o próximo ano.
Para os anos seguintes, as expectativas seguem inalteradas:
-
2026: IPCA em 4,28%
-
2027: IPCA em 3,90%
Apesar da redução, a projeção para 2025 ainda supera o teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual — ou seja, limite máximo de 4,5%.
Inflação recente e principais influências
Segundo o IBGE, a prévia da inflação de setembro mostrou alta de 0,48%, puxada pelo aumento no preço da energia elétrica. No acumulado de 12 meses até setembro, o índice atingiu 5,17%, revertendo a deflação de -0,14% registrada em agosto.
Os alimentos continuam apresentando queda de preços, com retração de 0,35% em setembro, o quarto mês consecutivo de baixa.
Taxa Selic
A taxa básica de juros (Selic) permanece projetada em 15% ao ano para 2025, segundo o Focus, mesmo nível mantido há 16 semanas consecutivas. Para os próximos anos, o mercado prevê:
-
2026: 12,25%
-
2027: 10,50%
De acordo com o Comitê de Política Monetária (Copom), a manutenção dos juros elevados por um período prolongado é necessária para garantir o controle da inflação diante das incertezas no cenário internacional e da moderação do crescimento interno.
Taxas de juros mais altas ajudam a conter a demanda e, consequentemente, a pressão sobre os preços. Por outro lado, encarecem o crédito e podem frear a atividade econômica.
PIB e câmbio
As projeções de crescimento econômico também se mantêm estáveis pela quinta semana consecutiva. O mercado espera que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 2,16% em 2025.
Para os anos seguintes, as estimativas são:
-
2026: crescimento de 1,80% (mantido há quatro semanas)
-
2027: 1,83%, ligeiramente abaixo da projeção anterior de 1,90%
O câmbio, por sua vez, não apresentou alterações significativas, segundo o relatório.
Fonte: Jovem Pan




0 Comentários