Ser atleta de alto rendimento exige mais do que talento. É preciso também uma boa dose de investimento - afinal, não é barato viajar para diversas cidades do Brasil e do mundo para competir. E foi para tentar aliviar esse ponto aos esportistas que o Compete Brasília surgiu. O programa da Secretaria de Esporte e Lazer do (SEL-DF) custeia o deslocamento dos competidores, para que, assim, eles possam concentrar suas forças nos treinos e nas disputas.
Desde 2019, 20.419 atletas foram atendidos pelo Compete Brasília. Neste período, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da SEL, investiu R$ 23,1 milhões no programa. Para 2025, a meta é ampliar o investimento, bem como o número de competidores atendidos.
"O programa Compete Brasília tem sido fundamental para garantir que nossos atletas possam competir em alto nível, superando obstáculos que muitas vezes estão além do controle deles. Com este programa, buscamos dar as condições necessárias para que nossos atletas se destaquem no cenário nacional e internacional, representando com orgulho o Distrito Federal", exalta o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira.
E não são poucos os atletas que têm conseguido esse destaque mundo afora. Lucas Cauê, de 25 anos, por exemplo, vive hoje nos Estados Unidos com uma bolsa que ganhou graças ao esporte. Atleta de cheerleading, ele também acaba de tornar-se campeão como coach de um time norte-americano, em um trabalho social que exerce no país, berço da modalidade. "Tem sido incrível como atleta, principalmente porque aqui tem alto rendimento, tem suporte de academia, auxílio de fisioterapeutas... Tenho evoluído muito", descreve.
A história é similar à de Eduardo Rodrigues, o Dudu. Aos 16 anos, hoje ele mora em São Paulo, onde treina handebol no Esporte Clube Pinheiros, e também foi descoberto durante uma viagem custeada pelo Compete Brasília. "Estava jogando pelo Ceilândia e viajei para o Campeonato Brasileiro de Clubes infantil em 2021, em São Paulo. Tinha clubes de todo o país; eu joguei, me destaquei, e o técnico do Pinheiros veio falar comigo", lembra.
"Para mim, o Compete Brasília afetou diretamente. Se não tivesse esse transporte [para o Brasileiro], eu não iria. E, se não fosse, não teria visibilidade. O programa me ajudou a abrir portas, foi uma oportunidade. Fez com que outros times pudessem me ver", completa o jovem que, agora, mira seguir servindo à Seleção Brasileira, para a qual já foi convocado duas vezes. "Evoluir e procurar sempre melhorar", afirma.
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