Após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos exportados do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu três frentes estratégicas para reagir à medida, considerada prejudicial à economia nacional.
Durante reunião realizada na noite de quarta-feira (9/7) no Palácio do Planalto, com ministros e assessores, Lula avaliou os impactos e traçou ações de curto e médio prazo para proteger o setor produtivo brasileiro.
🛡️ Frente 1: Apoio aos setores afetados
O governo vai se reunir com representantes dos setores mais impactados, como o agronegócio e a indústria de transformação, para traçar medidas de proteção econômica e tentar reduzir os danos causados pela tarifa. A intenção é ouvir os empresários, debater soluções conjuntas e reforçar o compromisso com a preservação de empregos e empresas brasileiras.
🤝 Frente 2: Diplomacia e negociação
Lula designou os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda a pasta da Indústria e Comércio, para liderarem uma frente de negociação com o governo norte-americano. O objetivo é reabrir diálogo diplomático e buscar uma reversão ou atenuação da medida imposta por Trump.
Há também, dentro do governo, quem defenda acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a decisão dos EUA, sob o argumento de que a tarifa fere os princípios do livre comércio e da concorrência justa.
🗳️ Frente 3: Reação política
O Planalto pretende usar politicamente o episódio para reforçar a imagem de Lula como defensor da indústria nacional e dos trabalhadores. Integrantes do governo já começaram a associar a nova tarifa a alianças passadas entre Trump e o ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que os impactos de agora seriam consequência dessa aproximação internacional.
Líderes governistas, como Gleisi Hoffmann e Sidônio Palmeira, publicaram nas redes sociais que, enquanto Lula "taxa os super-ricos", Bolsonaro "trouxe uma taxa contra o Brasil".
Por outro lado, setores bolsonaristas reagiram tentando transferir a responsabilidade para o atual governo e para o ministro do STF Alexandre de Moraes, alegando que as tensões políticas internas contribuíram para o aumento da tarifa.
🤝 Reunião no Planalto
Estiveram presentes na reunião com Lula:
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Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais)
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Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação)
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Rui Costa (Casa Civil)
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Jorge Messias (Advocacia-Geral da União)
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Fernando Haddad, Mauro Vieira e Geraldo Alckmin
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Além de outros assessores da área internacional
O governo segue monitorando os desdobramentos da medida e promete novas ações nos próximos dias.
Fonte: Metrópoles
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