Banco Central limita Pix a R$ 15 mil para instituições sem licença

Bruno Peres/Agência Brasil

O Banco Central (BC) anunciou nesta sexta-feira (5/9) novas regras para aumentar a segurança do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Entre as medidas, está o limite de R$ 15 mil por transação em Pix e TED para instituições de pagamento sem licença. A determinação passa a valer imediatamente.

Segundo o presidente do BC, Gabriel Galípolo, o objetivo é dificultar o uso de fintechs pelo crime organizado. Ele explicou que o valor foi definido porque 99% das operações de pessoas jurídicas ficam abaixo desse teto, atingindo apenas uma parcela muito pequena das movimentações.

“Se fosse pessoa física, o limite seria de R$ 3,7 mil. Apenas 1% das transações de empresas superam os R$ 15 mil, ou seja, estamos falando de apenas 0,03% do universo total de contas”, afirmou Galípolo.

Outras medidas anunciadas

  • Autorização obrigatória: nenhuma instituição de pagamento poderá iniciar operações sem autorização prévia do BC.

  • Antecipação de prazo: fintechs em operação deverão pedir licença até maio de 2026 (antes era até dezembro de 2029). Quem tiver o pedido negado terá 30 dias para encerrar atividades.

  • Regras para parcerias: apenas instituições dos segmentos S1 a S4 (exceto cooperativas) poderão atuar como responsáveis pelo Pix em nome de instituições não autorizadas. Os contratos atuais precisam ser ajustados em até 180 dias.

  • Exigência para PSTIs: prestadores de serviços de tecnologia da informação precisarão ter capital mínimo de R$ 15 milhões e atender novos requisitos de governança e gestão de riscos. Eles terão até quatro meses para se adequar.

O BC também poderá exigir certificação técnica independente para validar os controles de segurança. As restrições poderão ser retiradas quando as instituições comprovarem conformidade com os novos processos.

Fonte: Metrópoles

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