| Lula Marques/ EBC |
Condenada como autora intelectual da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ex-deputada federal Carla Zambelli (PL) teve novamente adiado o julgamento que decidirá sua extradição ao Brasil. A Corte de Apelação de Roma decidiu, nesta quinta-feira (18/12), postergar a análise do caso pela terceira vez. A nova audiência foi marcada para 20 de janeiro de 2026.
Zambelli está presa na Itália após ter deixado o Brasil. Nesta quarta-feira (17/12), chegaram ao país europeu documentos enviados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com informações sobre o local onde a ex-parlamentar deverá cumprir pena no Brasil, caso a extradição seja autorizada. A defesa solicitou mais prazo para examinar o material, pedido que foi aceito pelo tribunal italiano.
Inicialmente, o julgamento estava previsto para 27 de novembro, mas foi suspenso em razão de uma greve de servidores públicos e advogados na Itália. A audiência foi então remarcada para 4 de dezembro, quando voltou a ser adiada para que a Justiça italiana pudesse analisar novos documentos apresentados pela defesa. Nesta quinta-feira, a Corte decidiu pelo terceiro adiamento da decisão.
O Ministério Público da Itália já se manifestou favoravelmente à extradição da ex-deputada. No Brasil, Zambelli renunciou ao mandato no domingo (14/12), após o Supremo Tribunal Federal anular a votação da Câmara dos Deputados que havia mantido seu cargo.
Carla Zambelli foi condenada em dois processos no país. No primeiro, recebeu pena de 10 anos e 8 meses de prisão pela invasão ao sistema do CNJ. No segundo, foi sentenciada a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, em episódio ocorrido às vésperas das eleições de 2022, quando perseguiu um homem em via pública armada.
A ex-parlamentar foi presa na Itália em julho, após operação conjunta entre autoridades brasileiras e italianas, e permanece detida desde então.
Fonte: Metrópoles



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