Por Walter
Brito
Política é
de fato coisa de profissional. A pesquisa do Instituto Phoenix, que será
publicada por meio desta matéria, foi registrada no TRE-DF, com o número
02743/2018. Vale lembrar que a maioria da população de Brasília sabe que os
políticos de maior expressão em atividade são: Reguffe, Arruda e Cristovam.
Claro, embora doente, o nome do ex-governador Joaquim Roriz é muito lembrado em
qualquer pesquisa; por isso, os seus familiares tentam garantir o seu legado,
por meio de Dona Weslian e demais membros da família engajados na política
partidária.
A partir da
próxima semana, a pré-campanha começa a todo vapor a virar campanha de verdade,
enquanto que os eleitores, do Recanto das Emas ao Lago Sul, prometem, nas
pesquisas, que a cidade-estado protagonizará uma das eleições mais disputadas
do país, tanto para governador como para presidente do Brasil e todos os cargos
proporcionais, além da majoritária para o Senado! As convenções dos partidos
começam no sábado, dia 21 de julho, ocasião em que Eliana Pedrosa (Pros), e
Alírio Neto (PTB), se mostrarão unidos oficialmente, quando a primeira será a
cabeça de chapa para o GDF e Alírio, o seu vice.
As
convenções dos demais partidos ocorrerão até o dia 5 de agosto. As chapas ainda
não estão completamente definidas, mas muitos já se adiantaram como Eliana e
Alírio e mostram sinais de definições importantes que mexem com o tabuleiro
eleitoral candango. Tudo indica que nove chapas ou mais disputarão o Palácio do
Buriti. Com a possível desistência de Jofran Frejat (PR), o deputado federal
Izalci Lucas (PSDB), apontado em pesquisa do Instituto Phoenix, como o nome
mais citado pelos eleitores para obter o apoio do ex-governador José Roberto
Arruda (PR), confunde cientistas políticos e institutos de pesquisas, que a
cada momento apresentam aos brasilienses nomes diversos como favoritos para o
pleito que se aproxima.
No nosso
entendimento, a disputa do DF zerou e todo mundo que colocou seu nome no embate
para o Buriti tem chances, inclusive Izalci Lucas, se tiver o apoio de Arruda!
São
pré-candidatos: Alexandre Guerra (Partido Novo), Eliana Pedrosa (Pros), Izalci
Lucas (PSDB), Fátima de Souza (Psol), Afonso Magalhães (PT), general Paulo
Chagas (PSL), Rodrigo Rollemberg (PSB), Peniel Pacheco (PDT) e Rogério Rosso
(PSD). Nesta seara, Alexandre Guerra, Eliana Pedrosa e o general Paulo Chagas
praticamente já escolheram os seus vices, que são respectivamente: Erickson
Blun (Partido Novo), Alírio Neto (PTB), enquanto que o brigadeiro Átila Maia (PRTB)
poderá declinar de sua pré-candidatura ao Senado e se tornar vice de Paulo
Chagas.
Entrevistado
pela reportagem, o presidente do PSDB no DF e deputado federal Izalci Lucas começou
falando de sua trajetória: “Moro em Brasília desde infante e morava numa casa
popular ofertada pela SHIS na cidade do Guará. Lá cresci, estudei e constituí
minha família. Me elegi deputado distrital com o apoio da comunidade ligada às
questões educacionais do Distrito Federal, pois entendo que a educação muda
efetivamente os destinos de um povo. Me elegi duas vezes para a Câmara Federal,
quando aprendi muito, e também ajudei Brasília por meio de emendas
parlamentares e na elaboração de leis fundamentais para o desenvolvimento do DF
e de nosso país. Nos últimos anos, me preocupei com a questão fundiária da capital
brasileira; inclusive, como presidente da Comissão Fundiária, ajudamos a
legalizar as terras de Brasília, beneficiando parte importante de nossa
população. A partir de 2011, comecei a me preparar para governar Brasília, com
o apoio dos melhores técnicos do Distrito Federal e do país, quando construímos
juntos um plano de governo que certamente vai mudar para melhor a cara da
capital de todos os brasileiros, a nossa querida Brasília”, arrematou Izalci.
Questionamos o tucano de proa, Izalci Lucas,
amigo pessoal do presidenciável Geraldo Alkimin (PSDB), sobre a pesquisa feita
em todo o Distrito Federal, onde o ex-governador José Roberto Arruda, um dos
maiores eleitores de Brasília em todos os tempos, transfere para Izalci número
significativo de votos. Vale ressaltar que a 11ª pergunta do questionário
elaborado pelo Instituto Phoenix diz o seguinte: Qual candidato ao governo de
Brasília você acha que Arruda deveria apoiar? A pesquisa foi feita nas 31
regiões administrativas do Distrito Federal entre os dias 15 de julho e 18 de
julho, e registrada no Tribunal Regional Eleitoral-TRE, cujo número é
02743/2018. O resultado da voz rouca das ruas é o seguinte: Izalci Lucas 11,50%,
Eliana Pedrosa 9,14%, general Paulo Chagas 4,75%, Alexandre Guerra 4,20%, Wanderley
Tavares 1,27%. Neste sentido, foram citados de forma espontânea pelo eleitor:
Rodrigo Rollemberg 2,01%, Jofran Frejat 1,82%, enquanto que, 27,97% disseram
que anularão o voto. Por outro lado, 34,41%, afirmaram que não sabem ainda em
quem votar.
Pedimos que Izalci se posicionasse sobre o
assunto, e ele afirmou: “Como se vê, eleição muda muito no processo de
afunilamento; por isso, nesse momento que muitos nos pressionam para apoiar
fulano ou sicrano, percebemos que o meu nome está no páreo. Além disso, tenho o
apoio declarado do futuro presidente do Brasil, doutor Geraldo Alkimin, presidente
do PSDB em nosso país e ex-governador de São Paulo. No referido processo de
afunilamento da eleição que se aproxima, Alkimin é o presidenciável que mais
traz para o nosso lado os partidos políticos que não têm candidato definido
para presidente do Brasil. Portanto, no plano nacional e também no regional,
temos que ter paciência. Alkimin poderá ser o presidente do Brasil e eu poderei
ser o próximo governador de Brasília. Ainda temos muito tempo e daqui para
frente é que começa de fato a disputa eleitoral”. Concluiu Izalci.
Percebe-se que o ex-governador José Roberto
Arruda, apesar de rejeição considerável, ainda é muito importante nas decisões
do pleito eleitoral que será realizado no mês de outubro. Além da possibilidade
de eleger sua esposa Flávia Arruda (PR) para a Câmara Federal, e junto com ela,
mais um federal poderá ser eleito. Portanto, a capacidade de transferência de
votos que Arruda tem, principalmente para o seu amigo e correligionário Izalci
Lucas, muda o quadro das eleições no DF a partir de uma decisão desta natureza.
O ex-deputado federal Jofran Frejat (PR), que seria o candidato do partido comandado nacionalmente por Valdemar Costa Neto, declinou de seu projeto rumo ao Buriti, apesar da insistência de populares e caciques de diversos partidos políticos.
Outra candidatura que promete contribuir com o
debate na disputa para o GDF é a do deputado federal Rogério Rosso (PSD), que
foi lançado esta semana pelo senador Cristovam Buarque (PPS).
Dizem nos bastidores da política candanga que Cristovam e Reguffe, juntos, elegem até um poste. Apesar de Rosso não ser nenhum poste e ter luz própria, o jogo fica endurecido quando José Roberto Arruda enfrenta a dupla e, correndo por fora, parte significativa do eleitorado de Roriz está sendo orientada por seus familiares a votar em Eliana Pedrosa, do Pros. Quem ganha com isso logicamente é o atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB), dono da maior rejeição entre os governadoriáveis que se apresentaram até agora.
Finalizo esta matéria dizendo o seguinte:
quem tem rejeição alta não significa que não transfira votos e que não os tem! Muitas
vezes, ocorre o contrário: a maior rejeição entre os presidenciáveis, por
exemplo, é a de Fernando Collor de Mello que, segundo o Datafolha, tem 39% de
rejeição do eleitorado brasileiro. Collor sempre se elegeu com rejeição alta,
inclusive para presidente do Brasil em 1989. Em segundo lugar, o mais rejeitado
presidenciável é o ex-operário e encarcerado em Curitiba, Luiz Inácio Lula da
Silva. O ex-presidente brasileiro tem 36% de rejeição, enquanto que o líder das
pesquisas para presidente do Brasil, o capitão Jair Bolsonaro, tem 32% de
rejeição. Portanto, o fato de Arruda ter rejeição alta não significa que ele
não poderá ajudar a decidir a disputadíssima eleição de Brasília. Muito menos
significa que a alta rejeição do governador Rodrigo Rollemberg o deixará fora
do segundo turno no dia 7 de outubro de 2018. Quem viver e votar, verá.
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