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Valter Campanato/Agência Brasil |
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi alvo de críticas de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após afirmar que “houve um planejamento de golpe, mas nunca teve golpe efetivamente” no Brasil. A declaração foi feita nesta segunda-feira (15/9), durante um evento em Itu (SP), ao lado de dirigentes de outros partidos.
Segundo Valdemar, “o golpe não foi crime”, já que, em sua avaliação, não houve execução da ação: “Se você planejar um assassinato, mas não tentou, não é crime. O grande problema foi o 8 de Janeiro, e o Supremo diz que aquilo foi golpe. Olha só, que absurdo: camarada com pedaço de pau, um bando de pé de chinelo quebrando lá na frente, e eles falam que aquilo é golpe”.
A fala gerou reação imediata entre bolsonaristas. O ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten questionou: “Houve planejamento de golpe? Se sim, por quem? Alguém financiou? Não é possível mais ouvirmos e nos calarmos. Chega”. Já Paulo Figueiredo, aliado próximo de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), declarou: “Como eu sempre digo: não estamos nesta merda de dar gosto à toa”.
O posicionamento de Valdemar contrasta com a narrativa da defesa de Bolsonaro, que sustenta que não houve tentativa de golpe de Estado. Não é a primeira vez que o dirigente do PL provoca desconforto no bolsonarismo: em agosto, após a autorização do STF para prisão domiciliar de Bolsonaro, ele também foi alvo de críticas e precisou divulgar nota retificando declarações anteriores.
Em contato com a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, Valdemar disse nesta segunda-feira que suas palavras foram condicionais: “Se tivesse, imagine que tivesse, vamos supor que tivesse… Foi no campo do imaginário”.
Fonte: Metrópoles
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