Segundo o secretário, Alckmin já iniciou as negociações diplomáticas para que o Brasil não seja afetado por um impasse que não tem relação direta com o país. “O vice-presidente já conversou com ambos os embaixadores para assegurar que o Brasil fique fora dessa crise de natureza geopolítica”, afirmou Moreira.
O novo risco de desabastecimento de componentes eletrônicos, que ameaça novamente o setor automotivo, decorre das restrições impostas à fabricante chinesa Nexperia, cujo controle foi assumido recentemente pelo governo holandês. Em resposta, a China proibiu a exportação de chips produzidos e embalados pela empresa.
A Nexperia responde por cerca de 40% do mercado global de semicondutores utilizados em veículos, e o impasse pode afetar a produção de carros, máquinas e equipamentos no Brasil nas próximas semanas.
Moreira destacou que o setor automotivo representa 20% da indústria de transformação nacional, sustentando 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos. “Há prioridade total do vice-presidente nesse tema. O Brasil quer garantir o fornecimento interno de chips e se compromete com a rastreabilidade das compras, sem interesse em exportar”, completou.
O presidente da Anfavea, Igor Calvet, reforçou que a articulação diplomática com a China é essencial para evitar paralisações no setor. Também participaram da reunião representantes da Abipeças, Robert Bosch e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Fonte: Jovem Pan
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