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| Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília |
Depois de mais de 20 anos convivendo com insegurança e condições precárias, a aposentada Helena Leandro, 75 anos, finalmente conquistou algo que parecia inalcançável: uma casa de alvenaria. Baiana, radicada em Brasília desde 2002, ela vivia com a família em um barraco de madeira. Sem recursos para transformar a própria realidade, confiou seu sonho ao Governo do Distrito Federal (GDF). Em 2022, a residência foi totalmente reconstruída pelo programa Melhorias Habitacionais, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab).
“Era um barraco de madeira, simples, com três quartos, sala, cozinha e banheiro. Eu queria uma casa construída, arrumada, para poder sair tranquila. Antes, alguém tinha que ficar cuidando por causa da segurança. Hoje isso acabou”, conta Helena, orgulhosa do lar onde agora vive com o marido, o filho e a nora. “Esse programa da Codhab é bom demais para quem não tem condições de construir.”
Desde 2019, o Melhorias Habitacionais já alcançou mais de 860 pessoas, com 216 reformas ou reconstruções em moradias precárias e investimento superior a R$ 8 milhões. A iniciativa atende famílias de baixa renda vivendo em casas improvisadas, com infiltrações, falta de ventilação ou risco estrutural, principalmente em Áreas de Regularização de Interesse Social (Aris). “Não é só tijolo e cimento: é transformar vidas e realizar sonhos”, destaca o presidente da Codhab, Marcelo Fagundes.
Segundo ele, o programa integra um conjunto de ações do Executivo para ampliar o acesso à moradia digna e reduzir o déficit habitacional. “O governador determinou que zerássemos a fila da vulnerabilidade — e vamos cumprir. Este será o governo que mais investiu em habitação de interesse social”, afirma.
Sonho realizado
Inspirado em diretrizes nacionais e no Plano Distrital de Habitação de Interesse Social, o programa foca na requalificação de lares, reduzindo riscos e elevando padrões de moradia. Em 2024, os valores destinados às obras foram ampliados:
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Reformas: de R$ 35 mil para R$ 50 mil
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Reconstruções: de R$ 75 mil para R$ 100 mil
Cada caso é analisado de acordo com a necessidade. “Avaliamos segurança, condições sanitárias e estrutura. No caso da dona Helena, a casa era totalmente insalubre e insegura. O projeto foi conversado com ela, incluindo opções de layout”, explica o arquiteto da Codhab Leandro Fernandes.
Segundo ele, reformas incluem pintura, ampliação, troca de piso, janelas e ajustes elétricos e hidráulicos. Reconstruções, além disso, envolvem toda a parte estrutural. Para a assistente social Marilurde Lago, a palavra que define o programa é dignidade. “Encontramos pessoas sem banheiro, improvisando necessidades em baldes, ou com deficiência e sem nenhuma acessibilidade. Esse programa é um dos mais bonitos do GDF. É a realização de um sonho que parecia impossível.”
Esforço contínuo
Em junho, o GDF entregou lotes a 198 famílias que perderam tudo no incêndio da Ocupação da Quadra 406 do Recanto das Emas (a “Favelinha”) e a moradores do Bananal, na Fercal. Esses grupos também receberam os primeiros cartões do Material de Construção, auxílio de R$ 15 mil destinado a famílias desabrigadas em situações de emergência.
Outro avanço foi o reajuste do Cheque Moradia, que agora é de R$ 16.079,27, acompanhando o Índice Nacional da Construção Civil (INCC). O apoio ajuda a reduzir custos de entrada e facilita o financiamento de imóveis.
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Itapoã: 6.912 unidades
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São Sebastião: 1.962 unidades
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Sol Nascente: 1.008 unidadesCom entregas também no Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Samambaia e Sobradinho.
Para mais informações e regulamentos, acesse o site da Codhab.
Fonte: Agência Brasília




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