![]() |
| Foto: Donas Filmes/Divulgação |
Encerrando a III Semana Distrital do Hip-Hop, a Câmara Legislativa do DF realiza nesta quarta-feira (19), às 19h, uma sessão solene para entregar o Título de Cidadã Benemérita de Brasília à rapper Vera Verônika. Considerada uma das primeiras mulheres do rap no Distrito Federal e uma das pioneiras do rap nacional, ela se tornou referência artística e social em todo o país.
De origem humilde, Vera cresceu em Valparaíso de Goiás e começou a trabalhar cedo como feirante para ajudar a família. Mesmo enfrentando dificuldades, manteve os estudos e formou-se em Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), além de realizar pós-graduação em Ensino de África pela Universidade de Brasília (UnB).
A artista iniciou sua trajetória musical nos anos 1990, participando de grupos de axé music. O contato com o rap veio posteriormente, quando Dino Black lhe apresentou fitas cassete do gênero. A partir daí, passou a se apresentar ao lado de DJ Chokolaty, um dos nomes importantes da cena hip-hop brasiliense.
“Vera Verônika é um dos principais nomes do hip-hop do DF. Sua atuação vai muito além da música e se firma como compromisso social, educativo e cultural”, afirma o deputado Max Maciel, autor da homenagem.
A discografia de Vera inclui o álbum de estreia, "Vera Verônika Canta MPB-rap" (2003), seguido por "Vera Verônika 20 anos" (2012), com participações de artistas regionais e nomes como Ellen Oléria. Em 2017, lançou "Mojumbá", e no ano seguinte apresentou o álbum Afrolatinas, comemorando 25 anos de carreira. Também em 2018 lançou o DVD “Vera Verônika – 25 anos”, gravado no Teatro Plínio Marcos da Funarte.
Patrimônio Cultural
Entre 12 e 19 de novembro, a III Semana Distrital do Hip-Hop reuniu artistas, coletivos e agentes culturais que fortalecem o movimento no DF. A programação incluiu oficinas, debates, apresentações e ações abertas ao público, celebrando o hip-hop como expressão artística, espaço de memória e ferramenta de transformação social.
Além da homenagem a Vera Verônika, a Semana contou com a entrega do título de Cidadão Benemérito ao rapper X e com a celebração dos 35 anos da banda Câmbio Negro. Outro destaque foi o lançamento do Mapa das Desigualdades 2025, estudo que reúne indicadores socioeconômicos para evidenciar disparidades entre regiões administrativas.
Exposição Makina de Rabisko
A abertura oficial da Semana foi marcada pela exposição “Vestígios do Invisível”, do artista Flávio Mendes, conhecido como Makina de Rabisko. A mostra fica em cartaz até 28 de novembro no foyer do plenário da CLDF, reunindo obras que mesclam grafite, arte urbana e linguagem contemporânea. Entre as peças, estão quadros das séries Portais (2024), Clarões do Invisível (2025) e trabalhos inéditos que aprofundam a pesquisa estética do artista, conectando espiritualidade, memória e imaginação coletiva.
“O hip-hop é mais do que um movimento cultural e musical. Nas periferias, ele atua como resistência, reduz vulnerabilidades, combate a criminalidade e incentiva a expressão artística entre os jovens”, reforça o deputado Max Maciel.
A entrega do Título de Cidadã Benemérita de Brasília e o encerramento da III Semana Distrital do Hip-Hop serão transmitidos pela TV Câmara Distrital.
Agência CLDF
Fonte: CLDF




0 Comentários