Defesa de Bolsonaro solicita autorização para cirurgia urgente

Tânia Rêgo/Agência Brasil


A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou, nesta segunda-feira (15), um pedido de autorização para a realização de uma cirurgia considerada urgente e voltou a requerer a conversão da prisão em regime domiciliar. A solicitação foi feita após Bolsonaro passar por novos exames nas dependências da Polícia Federal que, segundo os advogados, demonstram a “evolução objetiva e comprovada do quadro clínico”, respaldada por exames de imagem recentes e por um novo relatório médico conclusivo, indicando a necessidade de intervenção imediata.

Esta é a segunda vez que a defesa pede permissão para o procedimento cirúrgico. De acordo com o relatório médico anexado ao pedido, as dores e o desconforto na região inguinal teriam se intensificado em razão de crises frequentes de soluço, que aumentam de forma intermitente a pressão abdominal, elevando o risco de encarceramento ou estrangulamento intestinal. Além do tratamento da hérnia, a solicitação inclui a realização de um procedimento específico para controlar os episódios persistentes de soluço.

O documento médico também menciona a possibilidade de bloqueio anestésico do nervo frênico como medida terapêutica complementar para tratar os chamados soluços incoercíveis, condição já registrada nos autos e que, segundo a defesa, contribuiu para intercorrências clínicas recentes. Para os advogados, o quadro apresentado não apenas recomenda, mas exige a realização de cirurgia programada, em ambiente controlado, a fim de evitar situações emergenciais de maior gravidade.

Em decisão sobre o caso, o ministro determinou a realização de uma perícia médica oficial pela Polícia Federal, no prazo de até 15 dias, para avaliar a necessidade de intervenção cirúrgica imediata apontada pela defesa.

Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. O ministro também determinou que o ex-presidente receba atendimento médico em tempo integral e destacou que, desde o início do cumprimento da pena, não houve registro de episódios médicos emergenciais. Na decisão, é ressaltado ainda que os exames apresentados pela defesa não seriam recentes, sendo o mais atual realizado há cerca de três meses, período em que, segundo o entendimento do magistrado, não houve indicação médica de necessidade de cirurgia imediata.

Fonte: Jovem Pan

0 Comentários

gmps-df
SICREDI